Fototerapia

O que é?

A fototerapia direcionada é o uso de luz focada para tratar áreas teimosas do couro cabeludo e para tratar problemas da pele específicos de pele.

Devido à luz focada e à filtragem de comprimentos de onda específicos, a dose administrada é mais forte e mais impactante, com menos risco para a área circundante da pele.⠀

Para quais doenças serve a fototerapia?

Na dermatologia, a fototerapia se consolidou como abordagem terapêutica
nos anos 1970, com a introdução do psoraleno, antes do procedimento com luz
artificial. Atualmente, esse método é adotado na especialidade para cuidados com
inúmeras dermatoses, muitas de alta incidência e difícil controle.


Doenças como a dermatite atópica, o vitiligo e a psoríase se beneficiam de tratamentos
com fototerapia, que melhoram a qualidade de vida dos pacientes, com
a redução dos sinais e sintomas causados pelos diferentes transtornos. Está indicada
também para diversas dermatoses com período crônico de evolução, como
linfomas cutâneos de células T e eczemas crônicos.

Fototerapia na dermatite atópica

Dermatite atópica (DA) ou eczema atópico é uma dermatose inflamatória caracterizada
por ter curso crônico na maioria dos pacientes, e frequentes episódios
de agudização. Pode afetar cerca de 15%-20% das crianças e 2%-3% dos adultos. Por conta dessa grande e crescente incidência, tornou-se um problema socioeconômico
em vários países.

Essa doença pode ter um significativo impacto negativo na qualidade de vida
do paciente. Manifesta-se clinicamente por eritema, escamação, pápulas e xerose
cutânea, cuja distribuição anatômica pode variar de acordo com a idade. O eczema
atópico muitas vezes está relacionado com níveis séricos de IgE elevados, história
pessoal ou familiar de atopia, rinite alérgica e asma. Estudos realizados no Brasil
mostram que essa associação pode estar presente em até 80% dos pacientes.

A dermatite atópica, e seu variado espectro de apresentação clínica, é uma
doença bastante prevalente na rotina dos atendimentos dermatológicos. Devido
ao grande impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes, é importante
otimizar as terapias, não postergando a necessidade de terapêuticas mais especializadas.
A fototerapia se mostra um excelente aliado no arsenal terapêutico
destes pacientes, tento em vista sua baixa incidência de efeitos adversos de curto
e longo prazos.

Fototerapia nos linfomas cutâneos

Os linfomas cutâneos de células T (LCCT) são um grupo de linfomas não-Hodgkin
em que a localização inicial dos linfócitos T malignos é a pele. No mundo
ocidental, os LCCT correspondem a 75%-80% de todos os linfomas cutâneos primários
e os linfomas cutâneos de células B (LCCB) a 20%-25%. A variante mais
comum dos LCCT é a micose fungoide, que corresponde a 2/3 de todos os LCCT
e de cerca de 50% de todos os linfomas cutâneos primários.

A fototerapia no linfoma cutâneo é dividida em três fases:
Indução – Período do início até a remissão de 100% das lesões, com doses
aumentadas progressivamente e frequência das sessões mantidas.
Consolidação – Período após a remissão, com dose e frequência das sessões
mantidas.
Manutenção – Período de redução gradual da frequência das sessões até a
suspensão. Dose pode ser mantida ou reduzida se eritema.

A frequência das sessões recomendada é de três vezes por semana, em dias
não consecutivos, podendo ser feita duas vezes na semana, que implicará em mais
tempo para a remissão.

A fototerapia é uma modalidade segura e efetiva no tratamento dos linfomas
cutâneos. Apesar de não ser curativa, está associada à redução dos sintomas,
especialmente o prurido, e à regressão das lesões, o que implica em melhora da
qualidade de vida. Além disto, evidências recentes apontam que pode retardar a
progressão tumoral e aumentar a sobrevida dos pacientes tratados.

 

Fototerapia para Psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória que atinge, em média, de 1% a 3 % da
população, com picos de frequência entre 15-20 anos e 55-60 anos de idade.
Vários fatores estão envolvidos em sua patogênese, especialmente genética, ambiente
e infecções.

Ela é considerada a principal indicação para tratamento fototerápico, sendo
indicada, sempre que possível, em paciente com mais de 10% de área corporal
atingida, e que não responde a tratamentos tópicos. Usualmente, a fototerapia
para psoríase é associada a outros tratamentos localizados ou sistêmicos.

Durante o tratamento fototerápico, o paciente deverá ser estimulado a utilizar
hidratantes corporais neutros sem perfume no cotidiano. Durante as sessões, a
utilização de óleo mineral ou de glicerol nas placas (principalmente as espessas)
ajuda a aumentar a penetração da luz, pois reduz a interface “ar e camada córnea”,
evitando a dispersão da luz.

De modo geral a fototerapia para psoríase é tratamento muito seguro e eficaz.

 

Fototerapia para Vitiligo

Entre as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento do vitiligo, a fototerapia
tem papel protagonista, desde a introdução da modalidade 1948.

A• Indicações da fototerapia
• Vitiligo não segmentar (especialmente a forma clínica generalizada), seja instável
(com lesões em progressão) ou estável.
• Vitiligo não segmentar localizado que não responde ao tratamento tópico.
• Vitiligo Segmentar de início recente.
B• Áreas do corpo mais responsivas à fototerapia
• Nesta ordem: face e pescoço, seguidos de tronco, extremidades, mãos e pés.
• A repigmentação costuma ser mais intensa na face do que no tronco e extremidades,
bem como nos pacientes com fototipos mais elevados (IV e V).
C• Pacientes com melhor resposta
• Pacientes com fototipos acima de III.

Tratamento em crianças
• Não há consenso sobre a idade de início da fototerapia RUVB-BE em crianças.
De qualquer modo, é necessária cooperação da criança durante a aplicação,
ainda que seja breve, o que costuma ocorrer entre seis e dez anos.
• O tratamento com psoralenos locais (PUVA tópico) pode ser feito em crianças.
Com psoralenos orais (PUVA oral), somente acima de 12 anos.

Tratamento em gestantes
• Os trabalhos demonstraram segurança no tratamento com RUVB-BE em gestantes
com psoríase, quando as doses de radiação utilizadas são mais altas do
que no vitiligo. Desta forma, o tratamento pode ser realizado em gestantes.

A fototerapia é reconhecidamente um tratamento eficaz para o vitiligo. É necessária
orientação e compreensão do paciente quanto ao tempo de tratamento
e expectativa. Com a técnica adequada e o tratamento combinado,
podemos ter sinais de repigmentação na maioria dos pacientes.

Conclusão

A fototerapia é uma opção terapêutica de grande importância na dermatologia.
Estudos com amostras robustas reiteram a sua segurança mesmo quando utilizada
por período prolongados. O uso terapêutico da radiação UVB não demonstra potencial
carcinogênico, sendo questionável tal efeito também na UVA. É importante
estar atento às contraindicações, efeitos adversos e peculiaridades de cada paciente,
podendo ser indicada para crianças e gestantes. Os efeitos adversos mais
comuns são completamente reversíveis, leves e bem tolerados.

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